segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Aqueles Dias

Aqueles dias que a gente nem sabe de nada
Aqueles dias que da vontade de chorar
Aqueles dias que um suspiro não sai
E a saudade aumenta
Trabalhar ajuda, mas não consigo.
Eu andava
Sorria
Mas não conseguia
Quem olhava nem imaginava, pois tinha uma capacidade de sorrir.
E como fica
Sorria tanto para que?
Para substituir uma dor
Sorria naqueles dias inclusive
Que a vontade era gritar de dor da alma
Sabe aqueles dias que você tem
Saudade da infância
Saudade do colo de mãe
Saudade de se sentir amada, com a cama feita e deitar gostoso sem sentir desamparo?
Saudade de um mundo melhor
Um mundo onde as pessoas parem de olhar só para si
Sabe aqueles dias que você tem um nó
Que você telefona para varias pessoas, e estão todas ocupadas e você descobre que você é única desocupada.
E elas te perguntam: quando é a sua próxima sessão de análise?
Sabe minha alma está sofrendo
Eu sei que estou crescendo
Mas eu não sei bem o que faço comigo
Onde está o meu desejo?
Onde estou eu?
Eu hoje sou um conjunto daqueles dias, que as pessoas nem querem escutar, pois elas assim teriam que se deparar com o próprio fracasso.
É mais fácil perguntar quando é a minha próxima sessão
Assim a fala se cala
Um dia deixarei de ser otária
Conseguirei jogar tudo para o alto e viver
Quem sabe eu consiga fazer isso tudo,
Antes de envelhecer.

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