Eu sou senhora da minha vida, Hoje decido que ninguém mais Apossa-se de mim Ninguém mais se apossa do meu coração De colocar palavras que nunca disse E de me roubar à razão De me deixar sem graça De desmoralizar a minha ilusão Eu, enfim, se sou correta onde está o desvio? O descuido comigo, que permito as ratazanas de alma me roubar tudo, só porque sinto solidão. Teria eu que suportar dias frios Sem medos, sem perdas, sem lençóis, sem cama, Sem esse padrão idiota de repetir e repetir Quisera eu me suportar. Criando, acontecendo Aonde, com sorrisos as pessoas me aplaudiriam. Quisera eu suportar olhares de aprovação a onde eu honraria dizer por que vim Quisera eu suportar momentos de paz, sem estragá-los com a minha angustia. E ai como seria? Eu senhora de mim, Vestiria um vestido de cor, Andaria assim, Com sapatos de esplendor E a vida com certeza jamais iria se opor A tamanha aprovação de mim mesma Eu criaria toda uma fantasia de realidade possível. E jamais chamaria de sofrimento A vida que escolhi para mim.
Neta de pianista, filha de artista, desde pequena brinca ao som do piano entre pincéis e tintas. Hoje é artista plástica e diretora de arte. Teve muitos mestres que a trouxeram até aqui e todos os dias ela busca ir além , talvez por isso não abra mão de nadar sempre ao acordar. Não é à toa que seu filho é surfista e agora também economista em formação. Não liga para jóias caras, gosta mesmo é de criar as suas. Ama cheiro de chuva, tudo que é vanguarda e escrever todos os dias.É casada com o fotógrafo Jorge Vasconcellos. Transita com a mesma desenvoltura entre a H.Stern e o Saara, que ama.Tem mania de começar as frases com "olha só" e não suporta pessoas dissimuladas.Viveu em vários lugares do mundo, mas não troca Búzios nem pela Grécia.Vestidos,saias, estampas e combinações insólitas são a sua cara.Faz coleção de All Star.Não troca nada por uma boa conversa com seus preciosos amigos íntimos,tem horror a muito sal na comida, é viciada em Lacan.Freud,Batman, Montagne ,Mate com biscoito Globo, Daisaku Ikeda , Mar e camelô.Tem um vestido de bandeira escrito “ordem e progresso” e toda vez que o veste, por ironia das coincidências, pipocam situações para ela fazer o humanismo vencer.